Divisão do trabalho e especialização do operário

 

 

A análise do trabalho e o estudo dos tempos e movimentos criaram uma reestruturação das operações industriais, eliminando os movimentos desnecessários e economizando energia e tempo. Uma das decorrências do estudo dos tempos e movimentos foi a divisão do trabalho e a especialização do operário a fim de elevar sua produtividade. Com isso, cada operário passou a ser especializado na execução de uma única tarefa ou de tarefas simples e elementares, para ajustar-se aos padrões descritos e às normas de desempenho estabelecidas pelo método. A limitação de cada operário à execução de uma única operação ou tarefa, de maneira contínua e repetitiva, encontrou a linha de produção (ou linha de montagem) como sua principal base de aplicação. Essas idéias tiveram rápida aplicação na indústria americana e estenderam-se rapidamente a todos os demais países e a todos os campos de atividades. A partir daí, o operário perdeu a liberdade e a iniciativa de estabelecer a sua maneira de trabalhar e passou a ser confinado à execução automática e repetitiva, durante toda a sua jornada de trabalho, de uma operação ou tarefa manual, simples, repetitiva e padronizada.
 
A idéia básica era de que a eficiência aumenta com a especialização: quanto mais especializado for um operário, tanto maior será sua eficiência.
 
Em um próximo capítulo, falaremos sobre o Desenho de Cargos e Tarefas.
 
 
Erivan Soares
 
Fonte de pesquisa:
Introdução à Teoria Geral da Administração
Idalberto Chiavenato

Estudo da Fadiga Humana

O estudo dos movimentos tem uma tripla finalidade:
a) Evitar movimentos inúteis na execução de uma tarefa.
b) Executar o mais economicamente possível, do ponto de vista fisiológico, os movimentos úteis.
c) Dar aos movimentos uma seriação apropriada (princípio de economia de movimentos).
O estudo dos movimentos baseia-se na anatomia e fisiologia humanas. Neste sentido, Gilbreth efetuou estudos (estatísticos e não fisiológicos, pois era engenheiro) sobre os efeitos da fadiga na produtividade do operário. Verificou que a fadiga predispõe o trabalhador para: diminuição da produtividade e qualidade do trabalho; perda de tempo; aumento da rotatividade de pessoal; doenças e acidentes e diminuição da capacidade de esforço.
Em suma, a fadiga é um redutor da eficiência. Para reduzir a fadiga, Gilbreth propôs princípios de economia de movimentos classificados em três grupos, a saber:
a) relativos ao uso do corpo humano;
b) relativos ao arranjo material do local de trabalho;
c) relativos ao desempenho das ferramentas e do equipamento.
A Administração Científica pretendia racionalizar os movimentos, eliminando os que produzem fadiga e os que não estejam diretamente relacionados com a tarefa executada do trabalhador.
Em um próximo capítulo, falaremos da Divisão do Trabalho e Especialização do Operário.
Erivan Soares
Fonte de pesquisa:

Introdução à Teoria Geral da Administração
Idalberto Chiavenato